A um português como eu,trabalhador,
tive de explicar,numa dada ocasião,
que analfabeto,não é nenhum palavrão
ofensivo,nem é nenhum desprimor.
Analfabeto,é só simplesmente,
do alfabeto,um desconhecedor,
e que,como tal,o seu mal maior,
é não saber ler,infelizmente.
Sabe-se que há muitos analfabetos,
e que também há muitos analfabrutos,
e que aqueles,podem ser correctos,
e êstes,muito velhacos e astutos.
Num País à beira-mar plantado,
a que foi dado o nome de Portugal,
de analfabetos,o número é elevado,
mas de analfabrutos,é monumental.
Séculos de religioso embrutecimento
e de uma longa Ditadura fascista,
gerou o analfabeto e o aparecimento
do analfabruto velhaco,oportunista.
Há analfabetos muito espertalhões,
que são bastante industriosos,
que até conseguem ganhar milhões,
em negócios por vezes,misteriosos.
Há indivíduos com Curso d'Academia,
que apesar disso,são analfabrutos,
e apregoam a cristã democracia,
mas,politicamente,são corruptos.
E o analfabeto da classe plebeia,
socialmente imita o analfabruto,
p'ra subir na escala,de modo astuto,
êle refina a sua maliciosa ideia.
Se os analfabrutos levam os analfabetos
a fazer entre êles,uma conjunctura,
pode resultar uma fascista Ditadura,
com resultados escabrosos,abjectos.
Ainda que seja conhecedor do alfabeto,
o que não tem esperteza ou malandrice,
pode ser vítima da fascista vigarice,
que o considera um pobre inepto.
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