Na Internacional,os trabalhadores,
com convicção e vigor profundo,
cantam.-Se nada somos nêste Mundo,
sejamos tudo, oh produtores!
E o Social democrata,como impostor,
canta a Internacional,diz-se socialista,
mas aprova o sistema Capitalista,
e dêste modo,engana o trabalhador.
Com a burguesa Social Democracia,
que,cínica,diz defender o trabalhador,
até um parasita se considera produtor,
sem produzir nenhuma mais-valia.
Alguém,quiçá com malévola intenção,
possivelmente um liberal mui astuto,
passou a usar a palavra«produto»,
par designar,da Bôlsa,uma Acção.
Então ouve-se da bôca dum Banqueiro,
dum Director duma Agência de Viagens,
dizer que o seu «produto»dá mais vantagens,
e que no Mercado tem lugar cimeiro.
E da Companhia de Seguros,o seu Agente,
muito naturalmente já pegou na moda,
e a quem quer que seja,na sua roda,
diz que o seu «produto»é mais excelente.
Agora com os Correios privatizados,
tal como os transportes ferroviários,
os seus Directores dizem entusiasmados:
-Os nossos «produtos»são extraordinários!
Na opinião do neo-liberal Mercador,
não é só o operário que faz produção,
um guarda-costas,um guarda-portão,
também é considerado um produtor.
Da Agência de aluguer de mão d'obra,
o Director que é um liberal astuto,
diz que da sua Agência,o «produto»,
chega para toda a gente e até sobra.
A sobra,são os milhentos desempregados,
que, na disputa dum osso para roer,
não enxergam quem os faz sofrer,
embora saibam que são explorados.
Afinal o que produzem êstes Senhores?
Se disserem que prestam Serviços,
concordo,mas não sejam impostores,
os operários não são todos «nabiços».
Com a promoção do individualismo,
com a Bôlsa de Valores como motor,
até o cristão evagelista impostor,
segue a doutrina do Liberalismo.
Afinal quem é que faz a produção?
É o operário ainda que seja bruto,
mas quem colhe,do labor,o produto,
é o Capitalista,o Lord,o Barão.
O Capital,o Trabalho,a Mais-Valia
de Karl Marx,a Teoria marxista,
foi adulterada p'la Social Democracia,
conluiada na Internacional Socialista.
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